segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ronaldo vs Messi: Qual deles é realmente um jogador "do outro mundo"?


Ainda a Bola de Ouro...
Nos próximos anos, arrisco sem grande margem de erro a afirmar que serão eles os eternos favoritos ao troféu, competição onde "intrusos" como Sneijder o foi em 2010, apenas surgirão esporadicamente  em épocas de excelência. Iniesta encontra-se num patamar futebolístico de eleição, mas não é suficiente, porque Messi e Ronaldo são "do outro mundo". Num assunto já mais do que falado, no fundo, a conclusão sobre qual dos dois é realmente o melhor, equivale-se cada vez mais a discutir qual será o sexo dos anjos. 

Os gregos admiraram Zeus, os romanos idolatraram Júpiter  hoje o mundo do futebol deleita-se semana após semana com os feitos de dois "extraterrestres", verdadeiros deuses dos deuses do mundo futebolístico. Vítimas de comparações sucessivas, vítimas de coexistirem no mesmo espaço temporal, cada vez mais o estereótipo de que é impossível admirar ambos domina o panorama futebolístico actual. Hoje em dia, para a maioria, se és Messi não podes ser Ronaldo...e vice-versa.
No fundo, são dois "extraterrestres", provenientes de planetas diferentes. Messi, aos 25 anos é já o melhor marcador da história de um clube com currículo vasto como é o caso do Barcelona, foi vencedor de quatro bolas de ouro, bem como alcançou a impressionante marca de 91 golos num ano civil. Convém, no entanto, referir que está há mais de uma década inserido num ambiente que potencia ao máximo as suas qualidades, que acima de tudo...o protege. É um nome consensual, inclusivamente para a própria FIFA. Já Ronaldo, vive no agitado mundo madrileno, onde o simples facto de sair à rua com um chapéu mais excêntrico já é notícia. 174 golos em 172 jogos com a camisola merengue, é a figura principal de um clube que sofre quando não está presente. Criticado inúmeras vezes, inclusivamente pelos próprios portugueses, que se esquecem que ainda menino jogou um importante jogo pela nossa selecção frente à congénere russa, horas após a morte do seu pai. Venceu em Alvalade, herdou a mítica camisola 7 do United, outrora pertencente a Cantona e Beckham, tornando-se um ídolo dos Red Devils. Bateu todos os recordes na sua transferência para o Real Madrid, entrando em apenas três épocas e meia na grandiosa história dos merengues. O argentino é a representação do dom, parece acordar já com a bola colada ao seu pé esquerdo, o português é o maior exemplo do jogador que alia o dom a uma capacidade de trabalho impressionante. 

Provenientes de "mundos" diferentes, mas jogadores do "outro mundo", claramente acima dos restantes no panorama futebolístico actual. Numa coexistência, onde é mais difícil ser Ronaldo do que ser Messi, apenas é injustificável a diferença entre Bolas de Ouro na posse de cada um. Se Messi merece as quatro? Sem dúvida...mas Ronaldo merece mais do que apenas uma. 

Quanto ao resto, basta de discussões que nunca vão chegar a consenso. Tal como gregos e romanos nunca chegariam a um acordo sobre o seu máximo ser mitológico caso coexistissem no mesmo espaço temporal, o povo desportivo actual deve antes de qualquer suposição, apreciar a qualidade destes dois futebolistas. Serão para sempre recordados, como verdadeiros deuses, mas a sua carreira não será eterna...  

Aqui fica uma brincadeira inofensiva:


A. Carvalho

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